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Comentário do Dia 09/10, o 3º Leilão Solidário do Hospital do Câncer de Patrocínio

09/10/2017 às 14:27

Mas o grande acontecimento deste final de semana foi à realização ontem do tão esperado Leilão Solidário, em benefício do nosso Hospital do Câncer. Nosso departamento de jornalismo deu total cobertura, com o repórter Renato Oliveira.

Mais uma vez a população de Patrocínio se mostrou solidária e preocupada com o Hospital do Câncer Dr. José Figueiredo que promoveu neste domingo seu 3º Leilão Solidário, quando a avaliação foi positiva, apesar de que os números ficaram abaixo do que foi conseguido em 2016. Os organizadores informaram que os valores arrecadados com as vendas foram de mais de 150 mil reais, porém, para o atual cenário econômico que vive o país, ficou dentro do esperado.

Fernando José Gonçalves “Chapolim”, proprietário da LC Agronegócios, que foi parceira do Hospital do Câncer na realização do Leilão informou que tudo que foi repassado, foi vendido, porém não foi possível formar lotes maiores de animais a exemplo do último leilão, mas ele viu a participação da sociedade como muito positiva e ressaltou que o que valeu foi o calor humano que ajudou em peso na realização do evento. Antes do leilão foi realizado o almoço solidário que recebeu mais de 1.000 participantes e na parte da manhã a cavalgada do Hospital do Câncer, segundo o organizador, Guilherme de Oliveira, reuniu mais de 400 participantes, também solidários a causa. O presidente do HC, Thiago Miranda de Oliveira também avaliou os eventos e comentou que a união de várias pessoas foi importante para a realização principalmente do almoço e do leilão. Ele agradeceu a parceria dos caminhoneiros que não cobraram pelo frete para buscar os animais negociados em fazendas, os proprietários e colaboradores da LC Agronegócios pela parceria e de todas as pessoas que fizeram as doações para serem vendida, além dos participantes e organizadores da cavalgada. Lembrou ainda que o hospital continua aberto a doações da comunidade, uma vez que não há repasses a instituição nas esferas municipal, estadual e federal para serem aplicados nos tratamentos de pacientes que são assistidos pelo Hospital.

Por outro lado, o presidente do Hospital do Câncer de Patrocínio, Thiago Miranda de Oliveira se mostrou mais uma vez preocupado com o futuro da instituição que trata de pacientes oncológicos sem qualquer tipo de cobrança. O Hospital vive de doações e não há repasses através do Sistema Único de Saúde – SUS, apesar de que vem há anos tentando o credenciamento junto ao Ministério da Saúde.

O presidente já se reuniu por algumas vezes com o prefeito de Patrocínio. Deiró Marra onde pediu apoio para que a documentação que se encontra na Secretaria Municipal de Saúde possa ser assinado e seja enviado para os órgãos competentes para que possa acontecer esse credenciamento.

Thiago aguarda o posicionamento do Poder Executivo e diz que futuramente, sem essa autorização, os atendimentos poderão ficar impossíveis, pelo grande número de pessoas que tem procurado a instituição para fazer seus tratamentos e que os recursos que são conseguidos com apoio da população não serão suficientes. Ele ainda lembra que pacientes de várias cidades estão sendo enviados para Patrocínio e devido a demanda, cidades com hospitais que tratam do câncer em cidades como Uberaba e Barretos, estão sobrecarregados. Miranda de Oliveira agradeceu a preocupação do prefeito sobre a situação do HC, mas aguarda uma posição sobre a última reunião realizada em 02 de junho, onde Deiró informou que rapidamente daria um retorno, mas até então não houve algum tipo de resposta e ele está ansioso e apreensivo para que a resposta seja positiva ou negativa. O presidente aponta algumas formas de ajuda para a boa manutenção do Hospital como a prefeitura repassar recursos, ajudar no trabalho preventivo e mesmo no credenciamento.

Para receber o credenciamento, é necessário um determinado número de leitos, onde esse processo pode ser feito através da Santa Casa de Misericórdia Nossa Senhora do Patrocínio e pela própria municipalidade, com a cessão de espaço no novo pronto socorro que começará a ser construído nos próximos meses. Thiago enfatiza que o processo de credenciamento pode demorar até dois anos, após dada entrada na documentação no Ministério da Saúde. Todo estudo já teria sido feito, de acordo com ele, onde o valor que seria repassado pelo SUS, a ampliação dos atendimentos poderia ser possível.